...

Penso,

que cada um tem para si seu modelo de perfeição.

Mas sei que,

se todos nós pudéssemos ser perfeitos ainda que a vida fosse um paraíso não saberíamos...

No fundo se fossemos tão bons não seríamos nada além de modelos pré definidos e estabelecidos sabe se Deus por quem, seguindo uma rotina futil, um padrão de igualdade que não nos permitiria comparações, competições e portanto nos privariam também de vitórias e derrotas cotidianas.

Seria um vai e vem de mesmice, uma coisa insossa e até insana.

Uma vida perfeita não teria a satisfação de ter se desgastado para conseguir chegar a um objetivo. 

Poderia até acabar com alguns preconceitos.

Mas teríamos bem mais pessoas narcisistas se vendo sempre bem e sem saber que é bom por não conhecer o que é ruim!

Gosto da vida assim, imperfeita como ela é. Cheia de altos e baixos. Cheia de lágrimas e sorrisos. Alegrias e tristeza. Cheia de Diferenças que nos tornam originais e capazes de melhorar a cada dia que passa.
Gosto de saber que sou humana, que corro o risco, que me machuco. Isso me dá a sensação de vida, de sentir, de ser e de evoluir. É bom saber que eu tenho qualidades diferentes das suas, defeitos diferentes do seu. Não sou imune, não sou intocável nem incomparável, mas sou Insubstituivel afinal Sou Diferente.
Diferente de tudo e de todos. Nem melhor, nem pior. Ou até mesmo melhor e pior, depende do dia e depende do momento. 
As diferenças tornam nosso cotidiano surpreendente e faz do simples ato de se olhar no espelho uma experiência nova a cada dia que nos levantamos da cama.
É o meu jeito único e original de ser que me torna diferente, imperfeita... Mas feliz.

(Vanessa Gonzaga Santos)