18 de abril de 2011

Eu me pergunto Por quê.


Destruímos as florestas, os rios, poluímos o ar,
Extinguimos os bichos, maltratamos a fauna e a flora.
A natureza pede socorro, a Terra se põe a chorar.
Eu me pergunto o que restará disso quando formos embora?

Avançamos e criamos tecnologias novas e incríveis,
Conhecemos o mundo sem conhecermos a nós mesmos.
Agimos de forma irresponsável como se fossemos invencíveis.
Eu me pergunto onde isso nos leva, até quando nos perderemos?

Deus fez o ser humano capaz de realizar grandes obras,
Mas ele se aproveitou disso para destruir as obras que Deus fez.
Ele agiu jogando tudo às cobras, deixando só as sobras.
Arrancou do paraíso a beleza e da própria mente arrancou a sensatez.

Apesar das grandes curas descobertas,
Não aprendemos a curar nosso egoísmo e solidão.
As feridas permanecem abertas.
Curamos problemas cardíacos, mas destruímos o coração!

Substituem o verde das matas pelo negro das queimadas.
Trocam o vermelho da paixão, pelo vermelho sangue e dor.
O azul do céu pela cor das fumaças acinzentadas.
O colorido das flores e da vida trocam pela falta de amor.

Chamamos os animais de selvagens e irracionais.
Eles pagam por nossas atitudes e desaparecem aos poucos.
Eu me pergunto quem somos nós que nos julgamos maiorais?
Nós que destruímos nossa própria espécie, destruimo-nos uns aos outros.

O homem vai até a lua, até o céu, mas não chega até Deus.
Crescem, sem amadurecer o pensamento.
Abandonamos as pessoas sem saber dizer adeus.
Adquirimos mais experiências e cada vez menos sentimento.

Construímos grandes prédios, pequenas amizades,
Longas estradas, mas curtos caminhos,
Infinitas mentiras e limitadas verdades.
Nascem cada vez mais pessoas, mas estamos cada vez mais sozinhos.

Aumentamos as tragédias, conspiramos com a violência,
Imploramos por justiça e vivemos a julgar.
Acabamos com a pureza e a inocência.
Com o tempo tudo piora, mas acreditamos que tudo um dia vai melhorar.

Declaramos guerra, pedindo a paz.
Perdoamos, odiando. Esquecemos, sempre pensando.
Lembramos sem pensar dos dias que não voltam mais.
Decepcionamos amando. Sorrimos, quando por dentro estamos chorando.

Eu me pergunto até onde e até quando?
Poderão as próximas gerações conhecer nossas mais raras belezas?
Será que aprenderão a amar?
Será que o amor ainda existirá?

É um mundo cheio de contradições.
Conflitos dentro de nós mesmos estampados em tudo que colocamos a mão.
A destruição vem de dentro pra fora em diversas situações.
Eu me pergunto se vamos mais longe, se pararemos pra pensar ou não?


(Vanessa  G. Santos)

2 comentários:

  1. Muito bom! Muito bem escrito e cheio de verdades. Acho que sim, iremos mais longe com tudo isso. O tempo passa, todos nós mudamos, mas a essência egoísta e gananciosa segue ali, intacta.
    Gostei dessa passagem: "Curamos problemas cardíacos, mas destruímos o coração!" Muito boa, parabéns!
    Obrigado pelo comentário no Eternos Rascunhos! Já estou seguindo de volta!

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  2. Gostei....
    Muito interessante..
    Diferente..

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Tudo que me desejar de ruim baterá no peito e voltará em forma de Paz e Amor!

Retribuições à tudo que me escrever.
Beijo pra quem é de beijo.

♥)

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