6 de outubro de 2011


Você pode concordar ou discordar, aplaudir ou criticar, mas nada disso vai mudar a opinião e o jeito de ser e agir das meninas do nosso tempo. Elas não estão nem aí para as nossas opiniões.
Desta vez, a rebelião é ampla, geral e irrestrita, como aquela anistia que sepultou o falecido regime militar. Meninas de todas as idades e calibres (20, 30, 40 ou 60) estão proclamando sua própria anistia e dispostas a eliminar as barreiras que ainda sufocam seus sentimentos e emoções.
A rebelião é pacífica, mas não brinque com ela, pois a banda feminina desta vez vai botar pra quebrar. Os sinais estão aí, para quem quiser captá-los. É difícil saber se a eleição de Dona Dilma tem algo a ver com isso, mas o certo é que as mulheres brasileiras nunca mais serão as mesmas. E isso não tem nada a ver com a despesa delas em salões de beleza.
Nas ruas, denunciando a corrupção, elas já são maioria. Em casa, tomam a palavra e, mesmo sob ameaça, exigem a igualdade de direitos, que está na lei, mas ainda não faz parte dos nossos costumes. No trabalho, não demora muito para que conquistem posições e salários à altura de sua competência (como determina outra lei). E no amor e no sexo, você pode até escrever e assinar: vem aí um furacão.
As meninas estão cansadas de teorias e abstrações. Mais existenciais que os homens, querem revirar o cotidiano e transformar em realidade tudo que até hoje foi só discurso de feministas. E que se cuidem aqueles sujeitos que se amarram no passado e tratam toda mudança como se fosse conversa fiada ou ilusão da juventude.
A rebelião que vem por aí não tem idade e não é só para levantar poeira.
As meninas admitem que alguns homens já sentem no ar o cheiro de mudança e tentam se adaptar. Elas aplaudem esse esforço, mas não querem adaptação. Exigem sensibilidade, prazer, envolvimento real e eliminação definitiva do complexo de Peter Pan, aquele que leva o macho humano a agir como criança.
Fernanda M., uma jovem goiana, não pretende ser uma espécie de "guia genial da nova mulher", mas o discurso dela na internet e sua visão de mundo estão mexendo com a cabeça das meninas de todas as idades. Fernanda diz que tem "alma desbocada". E sua linguagem - moderna, franca e convincente - expressa tudo que vem do fundo da alma feminina.
Quando diz ter "preguiça de homens bobos", nem desce aos detalhes, pois as mulheres sabem do que ela está falando. E essa clareza vale para a sua definição de amor ("amar é misturar defeitos e qualidades e se humanizar violentamente"). Dá para imaginar a perplexidade do marido que lê tal afirmação e teme o que vem por aí. Outra surpresa é a sua receita para o rompimento de uma relação: "a capacidade de esquecer é o que existe de mais precioso na face da Terra". Ou seja, nada de chorar pelos cantos e revirar culpas e arrependimentos.
- Amor combina com leveza. Livre-se do peso morto. Estou praticando agora o amor ao próximo. "Você não me ama? Que venha o próximo".
Descrevendo o que vai pelo corpo e alma dessa nova mulher, ela usa a música como referência: "O blues e o rock despertam em mim a tara, a revolucionária, a selvagem, a herege. E já ia até esquecendo: a stripper."
É a isso que ela dá o nome de "alma aflorada e desbocada", ao concluir que "a mulher já achou um lugar. O gênero que está em crise agora é o masculino."
Preparem-se, irmãos.


Tião Martins

2 comentários:

  1. Olá querida,

    Obrigada por fazer parte do "Sem Frescura", seja muito bem-vinda. Trouxe mudas de flores para agregar carinho e amizade no Van's. Vou seguir com os bons!: ))) Kiss!! Kiss!!

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  2. Obrigada...

    Adorei seu blog espero que volte sempre por aqui também...
    Obrigada pelas flores. Pessoas como você serão sempre muito bem vindas por aqui...

    Aprecie e volte sempre!
    Bjão

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Tudo que me desejar de ruim baterá no peito e voltará em forma de Paz e Amor!

Retribuições à tudo que me escrever.
Beijo pra quem é de beijo.

♥)

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